Desabafo - Parte I

Resolvi escrever aqui para desabafar um pouco e fazer públicas todas as dificuldades pelas quais eu e os alunos de harpa da UFRJ temos passado nos últimos anos. Não quero que seja um texto muito longo e difícil de ler, por isso dividirei em várias partes. E pelo visto serão muitas partes.

Primeiro obstáculo - Infraestrutura (parte I)

Eu não preciso dizer que uma pessoa de classe média em geral não tem dinheiro para comprar uma harpa de pedais logo de cara. São 60 mil no mínimo que a maior parte de nós não tem condição de conseguir facilmente. Assim, dependemos das harpas da Escola de Música.

Só que na Escola de Música da UFRJ não há muitas harpas. Atualmente temos uma em bom estado no prédio II, outra não tão boa, mas usável, também no prédio II, na sala de harpa. No prédio I temos três em bom estado.

Ok, parece suficiente para os atuais três bacharelandos e os cinco alunos do curso intermediário. Só que não. No prédio II os alunos de harpa só tem direito a usar uma sala, o que torna uma das harpas inutilizável, já que dois alunos não estudarão na mesma sala. No prédio I uma das harpas fica na sala 21, para ser utilizada durante os ensaios da Banda de Sopros e nas aulas de música de câmara e a outra fica guardada numa salinha ao lado do palco do Salão Leopoldo Miguéz, para uso com os ensaios e apresentações da Orquestra. Para estudo, a não ser que você consiga uma brecha, ambas estão inutilizadas. Resta uma apenas na sala de harpa do prédio I.

Só que... atualmente... o prédio I está interditado devido às chuvas que causaram o desabamento de partes da decoração do teto no 3º andar. Professores estão liberados para dar aulas no 2º andar e a sala de harpa fica no segundo andar. (Maravilha?!) Não, alunos não estão liberados para utilizar as salas de estudos.

Atualmente estamos com UMA harpa para estudo.

Comentários

  1. Q triste saber q uma instituição tão importante e de onde tantos bons músicos sairam está assim.O no. total de alunos tb parece bem inferior ao da minha época qndo era para se imaginar o oposto.

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    1. Hélio, nas atuais circunstâncias, estou rezando para não entrar mais nenhum aluno. Não adianta ter um monte de alunos que não conseguem estudar.

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  2. O governo além de não incentivar o desenvolvimento da música no país, com redução de impostos para instrumentos, mais escolas e etc. ainda dificulta para os que INSISTEM e buscam crescer na música.

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