Desabafo - Parte II

Hoje recebi no meu e-mail uma mensagem do diretor da Escola de Música da UFRJ esclarecendo que a universidade está empenhadíssima na solução dos recentes problemas de infraestrutura, e que a reportagem veiculada pelo RJTV apenas serve para denegrir ainda mais a imagem que se tem da UFRJ.

Eu não sei de quem é a culpa, qual é a causa de tanta desgraça. Mas não importa. Passei os últimos 3 anos tentando contornar todos os obstáculos que me foram impostos sem dizer nada. Agora resolvi falar. Desculpe, senhor diretor, não é nada contra o senhor. Apesar de que é em você que penso todas as vezes que algo está absurdamente errado.

Primeiro obstáculo - Infraestrutura (parte 2)

Bem, temos os problemas gerais da EM, que se estendem a todos os alunos de música, independentemente do curso ou instrumento.

Na segunda-feira, apesar do calor de pelo menos 35 graus que fazia e da não existência de ar condicionado nas salas de aula do prédio I, não havia ÁGUA em nenhum dos bebedouros do prédio. Já acho que são poucos bebedouros - três atualmente, dois bebedouros e um galão de água mineral que colocaram há pouco tempo na entrada do prédio de aulas. Os bebedouros não estavam funcionando, e o galão de água mineral tinha acabado. 

Quando chove muito, como ocorreu nos últmos tempos, a água entra dentro da Escola e molha instrumentos caros como pianos Steinway, como uma vez pude ver. Ele estava cheio de água por dentro (alguém tinha esquecido de cobri-lo com a capa no dia anterior, mas ainda assim, convenhamos, isso não deveria ocorrer). A sala do centro de estudos de musicologia foi inundada recentemente e por pouco não teve computadores, projetores e outros eletrônicos danificados.

Nós não temos um bandejão ou mesmo um lugar confortável onde possamos comer. Nem um microondas para esquentar a comida, nada. A não ser que queiramos fazer tudo isso na cantina, o que é meio desencorajador para os alunos que fazem isso todos os dias.

Na mesma segunda-feira, dia 18/02, o ar condicionado do prédio II parou de funcionar. Tivemos que suportar o calor dentro de uma sala pequena, sem janelas, com cerca de 20 pessoas, em pleno meio-dia. Isso acontece com frequência. E na sala de harpa, ainda mais, talvez porque fique no fundo do prédio. Ontem o ar tinha voltado a funcionar no prédio todo, mas não na sala de harpa...

Acho que isso é o mais grave. Não vou aqui reclamar da dificuldade de estudar em salas sem tratamento acústico e o terror que é tentar estudar com um coro ensaiando na sala ao lado, ou um piccolo, ou um trombone, ou ainda uma cantora entusiasmada. Acho que seria pedir demais... ou não?

Veja aqui a reportagem do RJTV:

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